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05 ago 2023
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02 jul 2023
17 dez 2022
Publicado em: 04/02/2020 14:43:20
Seminário
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
O panorama de estudos de narrativas de horror transformou-se significativamente nos últimos anos, afastando-se de uma posição marginal no campo da crítica para ocupar um lugar mais próximo ao centro. O horror deixa de ser percebido apenas como literatura de massas, um produto de consumo, e começa a ser desmontado, em sua maquinaria, como um potente campo de discussão política e estética.
Vertentes da crítica reflexiva, por exemplo, demonstram o aumento de produção e consumo de narrativas horroríficas em contextos de instabilidade política. Os monstros, nesse cenário, acabam por metaforizar os terrores acerca da possibilidade de ameaças individuais e/ou coletivas. Ficções científicas das décadas de 1950-1960, em franca associação com a catástrofe e o horror, colocavam em movimento criaturas invasoras e dominadoras, dispostas à destruição local ou global. Por sua vez, histórias de horror dos anos 1970, situadas no espaço urbano e prosaico, imprimiam no imaginário uma percepção de proximidade do perigo. O gótico, nada alheio a esse movimento, assume um aspecto proteico de apresentação.
A abordagem crítica é bastante diversa — há os que considerem o gótico um gênero, um modo narrativo, um estilo, um movimento. Tal fecundidade também pode ser percebida nos olhares que percebem o gótico em outros tipos de espacialidades, situadas fora do contexto inaugural, isto é, da topografia do medievo europeu representada por castelos, abadias e construções arruinadas. Há estudos que investem em leituras do gótico em contextos rurais, a partir de narrativas que se desenrolam em fazendas e espaços interioranos, antes tidos como bucólicos. Outras frentes demonstram o modo como a floresta tropical e sua natureza sublime deixam de ser meramente contemplativas, fonte de prazer para os românticos, para tornar-se um vetor de crimes sombrios. Não se pode esquecer, ainda, da perspectiva colonial, que constrói e identifica o gótico em cenários nacionalistas. Resta saber se na esteira das novas configurações e concepções críticas do horror, o gótico também estaria criando aderência às ideias de uma categoria pós-gótica.
O Grupo de Pesquisa Estudos do Gótico – CNPq, criado em 2014, procurando fertilizar ainda mais os estudos e os debates em torno do gótico, promoverá na Universidade Federal de Santa Catarina, com apoio do Programa de Pós-graduação em Literatura e do Núcleo de Estudos Góticos, o 4º Seminário de Estudos do Gótico, no período de 26, 27 e 28 de agosto de 2020.
Acompanhando as propostas das edições anteriores na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (2014 e 2017) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2019), o 4SEG terá como propósito aproximar pesquisadores/as interessados/as nos seguintes temas:
A programação do 4SEG incluirá conferências, mesas-redondas, sessões de comunicação, apresentações de pôsteres e atividades culturais.
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Fonte: PPGMEL