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05 ago 2023
05 ago 2023
02 jul 2023
17 dez 2022
Publicado em: 03/06/2024 16:34:19
É com grande alegria que a Revista Igarapé, vem apresentar sua mais nova edição "v. 17 n. 1 (2024): Revista de Estudos de Literatura, Cultura e Alteridade - Igarapé", na qual trás oito artigos e uma resenha acerca de produções literárias e artísticas contemporâneas, nos quais as autoras selecionadas buscaram enfocar em suas pesquisas a leitura crítica e interpretativa de discursos em voga, estilos e formas literárias, por meio de diferentes correntes críticas.
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Chamada para publicação em Dossiê
A Revista de Estudos, Educação e Cultura - Igarapé, ISSN 2238-7587, Qualis B1, vinculada ao Grupo de Pesquisa LITERATURA, EDUCAÇÃO E CULTURA: CAMINHOS DA ALTERIDADE (LECCA) e ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), de periodicidade semestral, está com chamada aberta para o recebimento de artigos originais e inéditos para comporem o dossiê dedicado às “Complexidades da tradução literária no Sul Global”.
As normas para a apresentação dos artigos estão disponíveis na seção Diretrizes para os autores. As contribuições para o dossiê devem ser enviadas ao e-mail da revista: revistaigarape@gmail.com
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Período de Submissão: 08 de maio de 2024 a 17 de julho de 2024
Previsão de publicação: agosto de 2024
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Organizadoras:
Professora Dra.Andréa Moraes da Costa (UNIR, Brasil)
Professora Dra. Gracielle Marques (UNIR, Brasil)
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Resumo da proposta:
O conceito de “Sul Global” tem ocupado espaço na academia em referência a países em desenvolvimento – antes denominados como “Terceiro Mundo” –, tais como países como Índia, África, Ásia, países situados na América Latina e no Caribe, para citar alguns. Mas sua abrangência semântica ultrapassa marcos geográficos. Para Russell West-Pavlov (1–2), o termo “Sul Global” possui um caráter multifacetado, “mudando seus significados como um camaleão em diversas épocas e contextos”, sendo que ele chegou “a denotar várias formas de agência política, ambiental, social e epistemológica decorrentes das nações outrora colonizadas. Sob esse aspecto, no lugar de uma “geografia euclidiana, o ‘Sul Global’ é [entendido como] uma comunidade pós-colonial imaginada e imaginativa que tem o potencial de imaginar uma poderosa solidariedade sul-sul entre as lutas pela decolonialidade de diversas populações em todo o mundo” (Singh, 2021, p. 209). Frente a isso, insistir na adoção da terminologia “Sul Global” associada exclusivamente à conjuntura política ou socioeconômica, para indicar o status quo dessas nações, pode resultar na simplificação de uma gama complexa de seus enfrentamentos, eclipsando impactos deixados a partir da herança colonial, tais como exotismo cultural, estereótipos, dependência econômica e política, hegemonia cultural, dentre outros. Operado de modo mais amplo, então, o termo em questão promete, diante a “muitos contextos críticos, funcionar produtivamente como um marcador dêitico, ligando discursos, lugares e falantes de modo a gerar novas posições de sujeito, campos de ação e possibilidades de ação” (West-Pavlov 1–2). No âmbito dos Estudos Literários e dos Estudos Culturais, problematizações em torno dessa questão apresentam-se, de modo significativo, ligadas à tradução, exigindo atenção a aspectos culturais envolvidos neste processo, os quais implicam um pensar situado em outras coordenadas geográficas. Essa postura, segundo Silvia Rivera Cusicanqui (2010, p.72), pode ser favorecida pela prática feminina e indígena do tecer a trama. A trama da interculturalidade, das linguagens, dos símbolos, de saberes, de diálogos e laços teóricos e epistemológicos no eixo sul-sul, enfim, múltiplos encontros tecidos tanto no texto de partida quanto no de chegada. Logo, nessa esfera, dentre as investigações que integram o campo de interesse dessa área epistemológica incluem-se, por exemplo, aquelas que relacionam o “Sul Global” e a literatura:
i) ao papel da tradução, principalmente, no que se refere ao acesso ao saber científico e técnico;
ii) à preservação de línguas e culturas;
iii) à circulação de obras produzidas em países ditos periféricos, viabilizada pela tarefa tradutória;
iv) aos desafios enfrentados por tradutores(as);
v) à integração transnacional de agentes que atuam no contexto tradutológico, visando à promoção de intercâmbios de obras;
vi) à marginalização e/ou à invisibilidade de tradutores e tradutoras;
vii) à tradução de literatura indígena ou de obras literárias que desafiam narrativas dominantes perpetradas pelo colonialismo;
viii) a práticas da tradução feminista transnacional;
ix) à tradução da literatura Queer;
x) à tradução em conexão com o transnacionalismo;
xi) à tradução e fluxos migratórios;
xii) aos papeis de gênero em intersecção com a tradução e/ou com a eco-tradução;
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Diante disso, para este dossiê, interessa-nos receber contribuições inéditas, na modalidade de artigos, ensaios teóricos e revisões críticas que aludam às referidas investigações.
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Referências:
CAMAROFF, Jean; CAMAROFF, John L. Theory from the South or, How Euro-America Is Evolving Toward Africa. Routledge, 2012.
DIRLIK, Arif. “Global South: Predicament and Promise”. The Global South, 2007, p. 12–23.
GÓMEZ, Isabel C.; ESPLIN, Hansen, MARLENE (Org.). Translating Home in the Global South Migration, Belonging, and Language Justice. Nova York: Routledge, 2024.
RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Ch’ixinakax Utxiwa. Una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta Limón, 2010.
SINGH, Jaspal Naveel. “Language, Gender, and Sexuality in 2020: Forward Global South.” Gender & Language vol. 15 (2), no. 2, 2021, p. 207–30. Disponível em: https://oro.open.ac.uk/78432/. Acesso em: 24 ab. 2024.
WEST-PAVLOV, Russell. “Toward the Global South: Concept or Chimera, Paradigm or Panacea?” In WEST-PAVLOV, Russell (Org.). The Global South and Literature. Reino Unido: Cambridge University Press, 2018.
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Fonte: Revista Igarapé